29 de abr. de 2013

Menina de 11 anos que estava desaparecida diz que foi abusada pelo raptor




A menina de 11 anos, que estava desaparecida desde quinta-feira (25) em Cascavel, foi encontrada na manhã de hoje (29) em Cafelândia. Machucada e bastante suja, ela estava na companhia de Cleodir Pereira, 49 anos. Os dois foram encaminhados à 4ª Companhia da Polícia Militar de Corbélia.

O homem já foi casado com a tia da garota que a criava como filha. Os dois caminhavam às margens da PR-180 quando os policiais os abordaram. “Ele tentou se evadir, os dois estavam em situação de andarilhos. Ele entrou em contradição várias vezes, dizendo que ela era filha, depois não era mais. Posteriormente acionamos o Conselho Tutelar e a criança revelou tudo”, conta o capitão Divonsir dos Santos.

A menina contou o que aconteceu com ela nesses cinco dias. “Ele me pegou pelo braço, me tirou da escola antes de eu entrar, falou que ia me levar para o Rio Grande do Sul. Ninguém o conhecia, ele não me deixou pedir ajudar, tapou minha boca. Daí me trouxe a pé até aqui. Foi bem difícil, ele deixava eu dormir no meio do mato e abusou de mim. Falava que se eu voltasse embora, ia me buscar e não ia deixar eu nunca mais ver minha mãe”, disse.

No ano passado, a criança havia fugido de casa ficando fora dois dias. Ela falou que fez isso porque Cleodir ameaçava que iria matar a mãe dela. “Fiquei fora dois dias, depois voltei. Agora também quero voltar para casa, minha mãe [tia] não me bate, ela cuida de mim”, comenta.

Cleodir nega o estupro e alega que retirou a menina de Cascavel para protegê-la da família que a agredia. “Eu trouxe ela para Cafelândia porque ela me ameaçava, falava que não queria voltar pro Conselho Tutelar, dizia que a cunhada batia. Eu estava tentando chegar num lugar e chamar conselho. Eu não tive relação com ela, ela é um anjo”, declara.

Cleodir já foi denunciado em 2008 por estupro contra a mesma menina. Ela foi acolhida pelo Conselho Tutelar e vai passar por exames que poderão confirmar se desta vez houve ou não o estupro. Ele foi conduzido à Polícia Civil que segue investigando o caso.

O Conselho Tutelar de Cascavel já acompanhava a menina, mas não soube informar se há alguma denúncia de maus-tratos na família.





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