Inconformada com os resultados negativos da investigação, a filha de José Maria desabafa:
“O delegado disse até que para um urubu achar o meu pai seria difícil, só depois de 2 ou 3 anos”. Segundo ela, o delegado ainda teria dito que se o pai dela estivesse perdido na mata, seria encontrado apenas a carcaça depois de alguns anos.
José Maria dos Santos - 81 nos - desaparecido |
Com uma camisa cor de rosa, calça social preta, chapéu azul de nylon, sandálias marrom e meias pretas, o idoso foi visto pela última vez pelo motorista do ônibus que fez a viagem entre a capital e a cidade do litoral, que fica na região do Vale do Ribeira.
De acordo com Magali Pereira dos Santos, filha de seu José, o morador da capital é lúcido e não tem problemas de saúde, inclusive tem uma vida ativa, é dono de pequeno comércio e até dirige. “A última pessoa que viu ele foi o motorista do ônibus, por volta das 15h40 do dia 17 de novembro. Ele chegou a entrar no ônibus, foi encontrar o filho que estava do lado de fora, e voltou para o ônibus. Ele saiu novamente, ajudou o motorista em um problema mecânico, mas depois desapareceu”, explica a filha. José Maria mora com a esposa, a filha mais velha e dois sobrinhos.
A primeira informação aconteceu quase trinta dias depois, na véspera do Natal, quando a família fazia buscas no local e uma senhora disse ter visto um idoso com as mesmas roupas e um casaco com os dizeres "Auto Fotografia" .
Outra informação recebida foi de uma outra senhora, ela disse que encontrou José Maria no dia 26 ou 27 de dezembro e que ele contou que não sabia onde estava. Ele disse que queria ir embora daquela cidade. Ainda de acordo com a senhora que conversou com o desaparecido, ela teria indicado a rodoviária para que ele pegasse um ônibus para a cidade vizinha, Ilha Comprida, mas não soube informar se ele entrou no coletivo.
A família continua com esperança de encontra-lo, espalhando cartazes, fazendo buscas na região e uma ampla divulgação na rede social. Também oferecem uma recompensa a quem encontra-lo.
Em entrevista dada ao G1, Magali, filha de José Maria, disse que a Polícia Militar está ajudando nas buscas. Mesmo assim, eles reclamam do trabalho dos policiais. Magali diz que a investigação da Polícia Civil está muito devagar, e que já teve que ouvir do delegado que se o pai dela estivesse perdido na mata, seria encontrado apenas a carcaça depois de alguns anos. “O delegado disse até que para um urubu achar o meu pai seria difícil, só depois de 2 ou 3 anos”. Ainda de acordo com a filha, o delegado ficou de abrir um inquérito para apurar o desaparecimento do idoso
Quem souber informações, ligar no DISK DENÚNCIA 181 (B.O. 1935/2012 Iguape, SP)
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